Rajada de vento assusta moradores do Coroadinho

Rajada de vento assusta moradores do Coroadinho
Foto: reprodução/TV Cidade/Record TV.

Uma chuva com ventos fortes assustou moradores da região central de São Luís, na tarde de segunda-feira (6). A chuva forte não demorou a passar, mas os ventos chamaram atenção.

O núcleo de Jornalismo da TV Cidade/Record TV recebeu diversos vídeos de moradores da área do Coroadinho, mostrando a força dos ventos derrubando telhas e arrancando tampas de caixas d’água em diversas casas.

A situação inusitada aconteceu por volta das 16h, assustou e despertou curiosidade nos moradores. Logo após a intensidade do vento diminuir, foi possível perceber a extensão das áreas atingidas pelo vento e alguns prejuízos, como telhas e ripas de madeira quebradas.

O FENÔMENO EXPLICADO

Em entrevista a TV Cidade, o meteorologista Carlos Márcio de Aquino Eloi, do Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambinetal da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), explicou que uma rajada de vento causou o destelhamento das casas.

“A rajada de vento é a intensidade máxima que o vento alcança em um determinado intervalo de tempo, isso faz com que a sua velocidade seja em grande parte das vezes bem superior a velocidade média do vento”, explicou o especialista.

A chuva e vento forte aconteceram por conta de uma formação local de nuvens de tempestade, chamadas de Cumulonimbus.  O vento forte é comum a este tipo de nuvem que além desses efeitos pode causar também turbulência em aeronaves e descargas elétricas e trovoadas.

“As nuvens Cumulonimbus são muito comuns na Ilha principalmente durante a estação chuvosa e, sobretudo por conta da presença da Zona de Convergência Intertropical que é formada por uma série de nuvens dessas”, disse Carlos.

Diferenças térmicas entre o oceano e a cidade favorecem a força das brisas e da entrada de umidade para a Ilha favorecendo a formação dos efeitos observados em São Luís.

"As nuvens também podem ocorrer durante a estação de transição e na estação chuvosa, sobretudo quando ocorrer o contraste térmico acentuado entre o oceano Atlântico e a Ilha de São Luís. isso quer dizer, um mais aquecido do que o normal em relação ao outro”, explicou o meteorologista.

O meteorologista disse ainda que no mês de junho começou o período de transição da estação chuvosa para a seca. Durante este período as características próprias de cada estação passam a se confundir, como os dias chuvosos em intervalos de vários dias secos e com sol.

Os ventos fortes foram percebidos em outros pontos da cidade, mas com menor intensidade. De acordo com Carlos Eloi, as rajadas de vento como as vistas nesta semana, são consequência da geografia de São Luís, com ventos mais fortes próximos à costa marítima.

“Na Ilha em sua maioria os ventos e rajadas de vento decorrem dos efeitos de brisa, o que se deve a nossa geografia de Ilha cercada pelo Oceano, e que a intensidade do vento tende a ser maior próxima a faixa litorânea e menor nas áreas mais afastadas por conta das construções no caminho do vento como edifícios etc, que funcionam como quebra vento e desaceleram a sua intensidade”, disse.

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