Com a prisão da quadrilha que mandou executar o jornalista Décio Sá e a descoberta de um esquema de agiotagem que envolve prefeituras do estado, o Portal Sua Cidade decidiu explicar por que é crime emprestar dinheiro a juros.
Juridicamente, o termo empregado para este tipo de crime é usura. Além de atentar contra a ordem econômica e popular, quem pratica a agiotagem, pode, na maioria das vezes estar envolvido com formação de quadrilha, ameaças, lavagem de dinheiro e extorsão.
No momento do empréstimo, o agiota se faz parecer amigo da pessoa, facilitando o empréstimo, mas os juros são altíssimos, podendo até quintuplicar o valor inicial.
A dificuldade de se conseguir um empréstimo pessoal em uma instituição financeira pode ser um dos principais fatores que levam as pessoas a recorrem a agiotas. Pensando nisso, é que o governo tem diminuído a burocracia para pequenos empréstimos. No Banco do Brasil, por exemplo, suas linhas de crédito pessoal tiveram aumento médio da demanda de 45%, desde a queda da taxa de juros, em abril deste ano. Em apenas quatro dias, mais de R$ 1 bilhão em créditos foi liberado pelo BB.
Perigo agiotagem
Os agiotas nunca ficam no prejuízo. Para “obrigar” seu devedor a lhe pagar, muitas vezes recorrem a constrangimentos, ameaças e em último caso, a execução dos devedores. Há casos extremos, de pessoas que não suportam a pressão e recorrem ao suicídio.
Valores
No ano 2000, a Secretaria de Direito Econômico divulgou uma pesquisa onde revela que a agiotagem atinge dois milhões de brasileiros e movimenta R$ 10 bilhões ao ano. Este foi o último levantamento feito, hoje, com certeza, esses números devem ser bem maiores.
Prova do grande montante de dinheiro movimentado, é o alto padrão de vida dos agiotas. Eles vivem em casas de alto padrão, possuem carros luxuosos, como as Ferraris encontradas na casa de um dos presos na "Operação Detonando".
