Crianças criam animação sobre a medalhista olímpica Rayssa Leal

A fada radical: crianças criam animação sobre a medalhista olímpica Rayssa Leal
Foto: divulgação.

A história da maranhense medalhista olímpica Rayssa Leal, de 13 anos, também conhecida como a "Fadinha" do skate, foi usada como inspiração para 20 alunos, de 7 a 10 anos, de uma escola de São Paulo, para produzirem em sala de aula uma animação sobre a temática das Olimpíadas.

A proposta foi conduzida pela professora Luisa Cassaniga com auxílio da metodologia utilizada pelo programa De Criança Para Criança (DCPC) em que o docente cria uma história com os alunos, que irão desenhar os elementos contidos nela. Assim que soube da vitória e medalha de prata da Rayssa, a professora  propôs aos alunos que criassem uma história sobre as olimpíadas e sobre a Rayssa. Os alunos então, pesquisaram com o professor sobre as Olimpiadas e sobre a Rayssa, o que possibilitou a criação da história.

A partir disso, as crianças gravam a história pelo celular e todo material produzido é enviado para uma equipe de animadores para do projeto Criando Juntos.

Os temas das histórias são sempre escolhidos pelas crianças em conjunto com a professora sobre matérias dadas em sala de aula, ou fatos atuais.

Assista ao resultado final logo abaixo:

Segundo os criadores do projeto De Criança Para Criança, Giba Barroso e Vitor Azambuja, as crianças sempre iniciam o processo de criação em sala de aula.

"Elas criam a história, desenham os elementos que compõem essa história e a narram. Depois de finalizado esse processo, professor e alunos compartilham todo esse conteúdo na plataforma De Criança Para Criança, onde a equipe equipe responsável produzirá uma animação. Umas 5 pessoas da equipe estarão envolvidas diretamente na produção dessa animação. Uma tráfego, responsável por receber esse material que chega pela plataforma, envia as gravações da história para um técnico de som, encarregado em limpar ruídos do áudio e editar a gravação de acordo com a história. Um outro especialista em recortar imagens, assim que recorta os desenhos envia o material para o animador, que de posse dos áudios e recortes das imagens pode começar a animar essa história. Uma trilha é escolhida e colocada na animação. Tudo sob supervisão do diretor de animação que dá orientações se a animação precisar de ajustes".

O programa desenvolve desde 2015 um guarda-chuva de metodologias inovadoras em educação. A partir do Criando Juntos, principal frente do grupo, leva para as salas de aula um método que transforma o ensino convencional, colocando as crianças como protagonistas no centro da aprendizagem. Os personagens do imaginário infantil ganham vida e passam a fazer parte das disciplinas escolares. A iniciativa já produziu mais de 800 animações a partir das histórias criadas por crianças.

A proposta da plataforma, que já possui versões inglês e espanhol, é expandir os horizontes da educação e fazer com que esses conteúdos sejam vistos e compartilhados em todo o mundo. Além disso, objetiva que o aprendizado ultrapasse a fase escolar e possa contribuir com as futuras carreiras profissionais das crianças, tornando-as cidadãos mais preparados para as constantes mudanças do mundo. A atuação do DCPC está alinhada com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), abrangendo todas as competências dentro da sua metodologia Criando Juntos, com foco na educação infantil e no ensino fundamental I e II.

Crianças com baixo intelecto, algum tipo de autismo, baixa visão ou passando por algum tratamento de saúde, como câncer, também escrevem, desenham e gravam suas histórias.

RAYSSA LEAL

Depois de conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e o coração de todos os brasileiros, Rayssa Leal foi eleita a atleta que melhor representou o Espírito Olímpico no Japão, entre todas as modalidades. Promovida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), a votação foi feita de forma online.

A skatista concorreu ao prêmio pelas belas cenas demonstradas nas finais do skate street feminino, ao parabenizar com um abraço a japonesa Momiji Nishiya, que levou a medalha de ouro. A cena correu ao mundo como um dos grandes momentos da Olimpíada. 

Aos 13 anos, a Fadinha do skate fez história no Japão ao ser a primeira mulher a conquistar uma medalha no skate na história dos Jogos Olímpicos. O Brasil ainda faturou mais duas pratas, com Kevin Hoetler, no street masculino, e com Pedro Barros, no park masculino.

Sensação nos Jogos de Tóquio, Fadinha chegou nos últimos dias a mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais. Agora medalhista olímpica, ela acredita que poderá influenciar mais meninas a praticarem a modalidade. 

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