Em quase metade dos estados brasileiros, o número de famílias contempladas com o Auxílio Brasil supera a quantidade de vínculos de emprego de carteira assinada registrados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A comparação considera o número de famílias beneficiadas com ao menos R$ 400 em cada mês e o estoque de empregos, que é a quantidade de vínculos formais de trabalho, no mesmo período, incluindo o setor público. A diferença em relação ao Auxílio Brasil é visível nos estados do Nordeste e Norte.
No Maranhão, segundo o levantamento, eram 962,3 mil famílias beneficiadas em novembro passado, ante um estoque de 526,2 mil empregos; Agora, em março de 2022, estes números são de 1.101.306 beneficiários do Auxílio Brasil e 530.895 empregos formais.
Pelos dados mais recentes, em março, o número de beneficiados no Maranhão já havia subido 15%, para 1,101.306 beneficiários do Auxílio, enquanto o estoque de vagas formais permaneceu praticamente estagnado ante novembro, somando 529,2 mil empregos formais.
O Caged considera apenas os postos de emprego com carteira assinada, enquanto boa parte da recuperação do mercado de trabalho desde a pandemia tem se dado pelo trabalho informal.
Nos estados em que o estoque de trabalho formal é menor do que o número de famílias no Auxílio Brasil, a renda domiciliar per capita está abaixo da média nacional. É o caso de Maranhão (R$ 635).
| Estados | Renda média por família (em R$) |
|---|---|
| Maranhão | 635 |
| Alagoas | 777 |
| Amazonas | 800 |
| Pernambuco | 829 |
| Piauí | 837 |
| Bahia | 843 |
| Pará | 847 |
| Amapá | 855 |
| Paraíba | 876 |
| Ceará | 881 |
| Acre | 888 |
| Sergipe | 929 |
| Rondônia | 1.023 |
| Tocantins | 1.028 |
| Roraima | 1.046 |
| Rio Grande do Norte | 1.109 |
| Goiás | 1.276 |
| Espírito Santo | 1.295 |
| Minas Gerais | 1.325 |
| Mato Grosso | 1.362 |
| Mato Grosso do Sul | 1.471 |
| Paraná | 1.541 |
| Santa Catarina | 1.718 |
| Rio de Janeiro | 1.724 |
| Rio Grande do Sul | 1.787 |
| São Paulo | 1.836 |
| Distrito Federal | 2.513 |
Tabela: IBGE
As maiores diferenças entre o número de beneficiários do auxílio e empregados com carteira assinada estavam nos estados do Maranhão (576.411 mais beneficiários do que CLT), Bahia (412.290), Pará (332.706), Piauí (241.874), Pernambuco (155.548), Paraíba (188.546), Alagoas (118.974) e Ceará (110.915).
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