Marinha identifica mancha de óleo de 1 quilômetro em área explorada pela Chevron na Bacia de Campos

Marinha identifica mancha de óleo de 1 quilômetro em área explorada pela Chevron na Bacia de Campos

Em sobrevoo feito ontem (16), um inspetor naval da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro identificou uma “tênue” mancha de óleo com cerca de 1 quilômetro de extensão na área onde a companhia petrolífera Chevron comunicou ter descoberto novo vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no último dia 4. A área está situada a cerca de 130 quilômetros da costa e a três quilômetros do primeiro vazamento, ocorrido na região, em novembro do ano passado.

A informação foi divulgada hoje (17), por meio de nota conjunta assinada pela Marinha do Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com a nota, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação, formado pelos três órgãos, segue monitorando o incidente no Campo de Frade e os procedimentos adotados pela Chevron para dispersão da mancha. Uma nova reunião está programada para o início da próxima semana, após novos sobrevoos na região do vazamento, para avaliação do caso.

No último dia 15, a Chevron decidiu suspender temporariamente a produção no Campo de Frade. Segundo informou na ocasião o diretor de Assuntos Corporativos da empresa, Rafael Jaen, a decisão foi tomada por precaução e comunicada aos órgãos reguladores brasileiros. Jaen estimou que houvessem vazado apenas 5 litros de óleo. Ele descartou que o incidente tivesse relação com o vazamento de novembro de 2011. A produção total diária da Chevron no Campo de Frade chega a 61,5 mil barris de petróleo.

 A petrolífera voltou a ser autuada esta semana pela ANP “por não atender notificação da agência para apresentar as salvaguardas solicitadas para evitar novas exsudações [vazamentos] na área”, segundo nota divulgada na última quinta-feira (15) pelo órgão regulador, referente à mancha de óleo descoberta este mês. Os técnicos da agência avaliam que o vazamento detectado agora seja proveniente de fissuras no fundo do mar e não do poço da Chevron, que foi lacrado pela companhia.

Com informações da Agência Brasil

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