Neve no Sul do Brasil impulsiona alta no preço global do açúcar

Neve no Sul do Brasil impulsiona alta no preço global do açúcar
Foto: arquivo/TV Cidade/Record TV.

O preço das principais commodities alimentares do mundo caiu em julho, pelo segundo mês consecutivo, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. 

Nesta quinta-feira, a agência divulgou em Roma o seu Índice de Preço dos Alimentos, que registrou 123 pontos no mês passado, ficando 1,2% menor que os níveis de junho. Mas na comparação com julho de 2020, o índice subiu 31%.

Frio no Brasil  

Segundo a FAO, houve declínio nas cotações dos cereais, das oleaginosas e dos laticínios. Por outro lado, o Índice da FAO de Preço do Açúcar subiu 1,7% em julho, influenciado pelos preços do petróleo e pela recente nevasca no Sul do Brasil.  

A FAO explica que a neve gerou incertezas sobre qual impacto a frente fria terá sobre a produção brasileira de açúcar, uma vez que o país é o maior exportador mundial do produto. 

Em relação aos cereais, a baixa de 3% do índice está associada às perspectivas de aumento da produção de milho nos Estados Unidos, apesar de haver preocupações sobre as condições das plantações no Brasil.

Leite, Frango e Carne  

O preço internacional do arroz atingiu um valor mínimo em dois anos, devido ao câmbio e ao ritmo mais lento de vendas do produto, o que foi causado pelo aumento dos fretes e desafios de logística.  

Sobre os laticínios, a FAO registrou queda de 2,8% no mês passado, com diminuição das atividades no Hemisfério Norte, por ser época de férias de verão. As principais quedas foram nos preços do leite em pó desnatado, da manteiga, do leite em pó integral e do queijo.  

A agência registrou, no entanto, alta no preço das carnes, principalmente o da carne de frango, que no mês passado sofreu aumento das importações no leste da Ásia e produção mais limitada em algumas regiões.  

A carne vermelha também ficou mais cara, com grande demanda de importações da China e menor estoque nas principais regiões produtoras.

Fonte: ONU Brasil. 

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