MA: lançada campanha de combate à Tuberculose

faixa tuberculose
Foto: Reprodução/TVCidade/RecordTV.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançou a campanha de Combate à Tuberculose, nesta quinta-feira (12), no auditório do Laboratório Central do Maranhão (LACEN-MA). Este ano, a mobilização traz como tema “Tosse que não passa? Pode ser Tuberculose”.

O objetivo da campanha é orientar a população sobre os principais sinais e sintomas da tuberculose e fortalecer a detecção precoce da doença. Estiveram presentes na solenidade coordenadores municipais, enfermeiros de unidades de saúde de São Luís e diretores de hospitais. 

De acordo com a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo da Costa, o Governo do Estado tem apoiado os municípios para o controle da doença. “Os agentes e profissionais de saúde que atuam no Programa Saúde da Família têm sido capacitados para fortalecer as ações de combate contra a tuberculose. Quem apresentar sinais e sintomas como tosse por mais de três semanas, febre noturna e perda de peso, deve procurar o posto de saúde mais próximo e iniciar tratamento de forma gratuita e acessível em toda a rede do SUS”, disse.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pode uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A doença pode ser diagnosticada em dois tipos: a tuberculose pulmonar e a extrapulmonar. A primeira é o tipo mais comum e ataca os pulmões somente, enquanto que a segunda atinge rins, ossos, intestino e meninges. A transmissão pode ser pelo ar, de pessoa para pessoa em situações consideradas comuns como falar, espirrar e tossir. 

O principal sintoma da tuberculose é a tosse constante com duração de três semanas ou mais. Nos grupos considerados vulneráveis, como moradores de rua, portadores do vírus HIV/Aids, a doença pode se apresentar com febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga. Independente dos indícios e do tempo da tosse, o recomendado é procurar imediatamente uma Unidade de Saúde para realizar o diagnóstico.

O tratamento consiste no uso de uma combinação de medicamentos, onde o processo necessita de um tempo mínimo de seis meses. Em alguns casos, principalmente se o paciente for de cidades do interior do estado onde o acompanhamento médico não será constante, é recomendado o regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO). A tuberculose tem cura, porém é necessário que o paciente cumpra o tratamento até o final e sem interrupção. 

Segundo a coordenadora Estadual do Programa de Controle da Tuberculose da SES, Rosany Leandra Souza Carvalho, estado e municípios estarão trabalhando de forma integrada. “As ações de combate à tuberculose se estenderão por todo o ano, com enfoque maior durante o mês de março. E neste período em específico, estado e municípios não medirão esforços para mobilizações e orientações junto à população no intuito de fazer a detecção de novos casos, bem como a testagem deles”, reforçou.

Participaram da mesa de abertura, a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo da Costa; a representante do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA), Lécia Sousa Santos Cosme; a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia do Maranhão, Maria do Rosário Silva Ramos Costa; a assessora técnica da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), Kelly Cristina de Carvalho; e a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus), Terezinha de Jesus Lobo.

Dados

Segundo informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da SES (SINAN/SES), no Maranhão, em 2019, foram 2.761 casos confirmados, sendo 1.874 em homens e 887 em mulheres. O estado possui 10 cidades que registraram maior número de casos, são elas: São Luís (956), São José de Ribamar (119), Imperatriz (112), Paço do Lumiar (81), Caxias (63), Timon (60), Santa Inês (59), Balsas (53), Bacabal (42) e Codó (39). 

A diretora geral do Hospital Presidente Vargas, Leyna Lima, observou que o tratamento oferecido na unidade é especialmente àqueles que forem considerados resistentes a multidroga. “Ou seja, aqueles que já passaram pelo esquema básico de tratamento na Atenção Básica e não obtiveram sucesso na sua cura. Somente em 2019 nós tratamos 842 casos notificados de todo o estado”, destacou. O Hospital Presidente Vargas é referência estadual no tratamento de pessoas com Tuberculose e HIV/Aids.

A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia do Maranhão, Maria do Rosário Silva Ramos Costa, ressaltou o empenho em contribuir para a quebra da cadeia de transmissão da doença. “Mesmo a tuberculose sendo uma doença contagiosa, ela tem cura. Para tanto, precisamos disseminar informações sobre ela afim de sensibilizar as pessoas quanto ao diagnóstico precoce”, salientou.

Com informações do Governo do Maranhão.

Compartilhe
Conteudo Relacionado