Morre a pesquisadora maranhense Terezinha Rêgo

Morre a pesquisadora maranhense Terezinha Rêgo
Foto: reprodução/TV Cidade/Record.

Morreu nessa quinta-feira (2) a pesquisadora maranhense Terezinha de Jesus Almeida Silva Rêgo, aos 91 anos. A informação foi confirmada em comunicado da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Terezinha estava internada em um hospital particular, diagnosticada com pneumonia.

Farmacêutica por formação e professora do Departamento de Farmácia da UFMA, Terezinha Rêgo era apaixonada pela flora medicinal desde a infância. Dedicou mais de cinco décadas de sua vida ao estudo e à valorização das plantas medicinais como ferramentas para a promoção da saúde e do bem-estar.

Natural de São Luís, Maranhão, Terezinha Rêgo foi professora titular do Departamento de Farmácia da UFMA desde 1977, onde também foi assessora da instituição. Era doutora em Botânica, pela Universidade de São Paulo (USP); membra fundadora da Academia Maranhense de Ciências, em que ocupava a Cadeira n° 14; coordenou o Polo de Biotecnologia do Maranhão – MAR-BIO; fundou também o projeto de extensão em Fitoterapia no Herbário Ático Seabra, onde estão catalogadas quase 11 mil espécies que caracterizam a flora do Estado do Maranhão.

Foi eleita, em Cuba, representante de Etnobotânica junto à América Latina, de 1990 a 1994, e representou o Maranhão na Sociedade Botânica do Brasil. Além disso, coordenou projetos de fitoterapia em comunidades carentes do Maranhão por meio do programa estadual Farmácia Viva.

Mais informações na reportagem de Nicolly Jansen para a TV Cidade/Record.

Assista abaixo:

Fique ligado! O Jornal da Cidade, com Gabriela Almeida, vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir de 19h20, pela TV Cidade/Record.

Terezinha dedicou sua vida à Pesquisa Científica, no estudo da Fitoterapia, Hortas Medicinais, Medicina Popular, Pré-Amazônica, Etnobotânica e Espécies Medicinais. Foi uma das pioneiras na pesquisa de plantas com potencial terapêutico no país, e suas pesquisas com ervas medicinais foram responsáveis, por exemplo, pela produção de três medicamentos que combatem a pneumonia asiática na China.

Durante sua vida, recebeu várias premiações e homenagens por suas descobertas científicas. Em 2000, foi agraciada com as Palmas Universitárias concedidas pela Universidade Federal do Maranhão. Recebeu menção honrosa por ser uma das dez finalistas do Prêmio Darcy Ribeiro, um dos mais importantes prêmios da educação brasileira, por seu trabalho em prol da saúde da população e da formação de novos farmacêuticos, em 2018. Recebeu o título de Acadêmica Emérita da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, uma honraria concedida a personalidades que se destacaram por suas contribuições à área da Farmácia.

Em uma sessão especial do Senado Federal, em 2019, Terezinha também foi reconhecida por seus 55 anos de dedicação à flora medicinal, além de ter recebido o Prêmio Fapema no mesmo ano.

*Com informações da UFMA.

 

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