Um processo de sindicância foi aberto para apurar a morte do policial militar Carlos Bahia dos Santos, de 31 anos, que era lotado no 26º Batalhão de Polícia Militar (26º BPM) da cidade de Açailândia. O caso foi denunciado aos órgãos de defesa dos direitos humanos pela própria vítima, em agosto deste ano, após ter sido vítima de homofobia e tortura dentro do quartel, por conta da sua orientação sexual.
Os crimes teriam sido praticados pelos colegas policiais, que chegaram a ir à casa da vítima para fazer humilhações. A denúncia chegou ao conhecimento da organização por meio da publicação de uma carta, que teria sido escrita pelo militar. Na carta, o PM cita que o comandante do BPM teria negligenciado as denúncias e afirma sofrer com depressão.
Na época, a Polícia Militar do Maranhão (PMMA), por meio de nota informou que abriu um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades sobre o caso. A PMMA destacou, ainda, que atua dentro dos princípios e normas delineadas na Constituição Federal e de acordo com os entendimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal e não coaduna com qualquer prática de intolerância, visto que, a discriminação seja racial, de gênero, religiosa ou por orientação sexual, não faz parte dos valores adotados pela corporação.
O PM Carlos Bahia passou cerca de 13 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, mas acabou morrendo. Segundo nota da Secretaria de Estado da Saúde (SES) o militar teve duas paradas cardíacas na madrugada de quinta-feira (10).
Mais informações na reportagem de Marcos Martins, para a TV Cidade/RecordTV.
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